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Entre braços, abraços latejam,
encontram-se e se perdem
pelas fronteiras do ser.

A solidão é um abraço frio
num quarto escuro.
Cadê?

A nudez do peito se cobre de mármore,
e o sensível de ser é uma casca que sobra.

Muros, cômodos, bocas mudas.
Toda fronteira resiste:
o corpo persiste em ensurdecer.

ana tereza barboza

ana tereza barboza
Grafito y bordado en tela. 130 x 102 cm (2011)