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Tom de chuva no peito que bate



E a chuva dá o tom,
junto  ao som que o peito bate.

E pela face, o encaixe
de semblantes que se gostam...

E a chuva sem parar,
dispara gotas pelo solo.

E meu peito que ti sente
compreende os teus mistérios....

Continua a chover
nos telhados, passos, pontos.

E a gente sem saber
entre lábios, mãos e modos...

Vê um dia, assim, nascer.
Vê um dia se molhar.

Vê um dia que reflete,
pela poça a paixão.

ana tereza barboza

ana tereza barboza
Grafito y bordado en tela. 130 x 102 cm (2011)