Desenrolam-se os sonhos
que se estendem até a rua,
nela, atropelam-se os pés
descompassos.
Olha lá, os sonhos que,
tímidos, escondem-se nos becos.
Debruçados nas beiradas
da mesa da fé.
Olha o sonho que resiste a chuva!
Sobrevive à pedra, ao vento,
e olha a vida que se dissipa
nos degraus dos relentos...
O sonho como fita,
de seda, tornozelo...
A vida por um fio,
por aí, se desfiando....