E de vinho se encarde a saudade
das horas,
das tardes,
que não se mediam.
Debruço em memória
que não quero limpar.
Debulho a memória
que não quero perder.
Toalha branca pintada a Merlot.
Toalha branca de cama,
de mesa,
de chão...
Cor dos meus lábios corados de amor.
Cor dos teus olhos; espelho de Eros.
Corpos despertos,
vinho derramado.