Um homem caminha e sabe:
seus sapatos não conhecem a crise.
Seus sapatos sustentam apenas,
o peso da existência móvel.
O homem para, olha e pasma,
os espelhos, quando muitos, cegam.
De repente se torna moderno
e se vê multiplicado em mil.
Um homem que na praça passa
não percebe o lamento do tempo das árvores,
da ordem das gentes de praça
que rodeiam os bancos como pombos.