Os lençóis ao pé da cama
inundam o quarto com amor,
estampas multiformes
e tropeços de partida.
Feito lona que desaba
de um circo quando o adeus
se anuncia no apito
enfraquecido do palhaço.
Há uma réstia de friagem
que perpassa a
portaria
que dá acesso ao vale triste
dos finais de meia-noite.
E com cautela o vento move
a cortina, o fio e o laço,
e se perde pelo espaço
enrugado entres os
lençóis.